terça-feira, 2 de agosto de 2011

porque sinto o que sinto
quando não quero mais sentir
uma mistura gigante
de sensações
todas na minha pele
como fungos
me comendo aos poucos
as mordidas mais fortes
deixam feridas
que demoram
são cicatrizes
de muros de concreto
jaulas
o animal que lá dentro
geme
somos nós
há correntes estridentes
um cárcere
que percorre
toda extensão do seu
pequeno
minúsculo
espaço
a caneca d'agua
é a mesma de pedir esmolas.

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