terça-feira, 6 de abril de 2010

Fertilidade

Da janela do quarto o meu olhar é atraído por uma luz que insiste em acender e apagar.Uma luz, cuja a coloração me é estranha, está localizada ao horizonte em meio a algumas árvores. Me aproximo da janela, tento definir da onde ela vem, se é uma casa, um prédio ou um ser de outro planeta. Meus relógio parou nesse instante.Inúmeras possibilidade do que pode ser veêm a minha mente. Será que alguém está tentando se comunicar? Sou a única atraída por essa luz? Onde estão meus companheiros curiosos? Forço ainda mais o olhar, a vista cansada doi, a curiosidade começa a dar lugar ao desespero a medida que a luz acende e apaga cada vez mais rápido, começo a criar as hipóteses mais mirabolantes, alguém sequestrado pede ajuda e é a minha ajuda, pois só eu estou presenciando esse fato. O que devo fazer? comunicar as autoridades de uma luz suspeita ao meu horizonte? A luz não para, pisca pisca insesantemente, começo a suar frio, minhas mãos já estão próximas ao telefone, sinto que alguém necessita de socorro, isso só pode ser um grito dsesperado.No desespero o ser humano é capaz de loucuras.Eu, no meu mundinho egocêntrico protegido estou sendo requisitada a atitude, sou chamada a ação pela primeira vez e isso me enobrece, por fim decido telefonar a polícia. Não demora muito vejo a luz ao lado começar a piscar no mesmo ritmo, me detenho ao telefone. Será que o assassino anda com sua vítima pela casa? e faz sempre o mesmo gesto? impossível..
Logo mais uma luz, e aos poucos as árvores e o horizonte se enchem de luz piscando até parece época de natal, fico apática, sem entender.Será um crime organizado e esse o sinal da fuga?
Ouço ao longe chegando um helicóptero, eu sabia que a coisa era séria, uma enorme tristeza me invade, eu vi primeiro eu não tive a coragem necessária para fazer algo, alguém fez por mim. Inútil. Finalmente decido colocar a cabeça para fora da janela, e reparo que muitos vizinhos já estavam fazendo o mesmo há um tempo. que diabos está acontecendo? tento então me acalmar com a chance de assistir a um resgate de camarote. Entendi que esse seria um momento de compartilhar com toda a família, chamo mãe, pai e irmão porém nenhum comparece. Da sala escuto gritos eufóricos de torcida, vou até lá.
- Nosso bairro tá na tv.
o helicóptero está registrando todo o acontecimento, imagino eu.


Não demorou muito para escutar a voz de Galvão Bueno pedindo acenos e mais piscadas de luz.
A câmera focada em meios as árvores.Corri para a janela e vi todas piscando como em uma dança.

Um comentário:

Unknown disse...

eu ri!.......ahahahah

num entendi o título...me explica depois? ;)