terça-feira, 16 de março de 2010

Tem uma excalibur cravada no meu peito!

Estavam ali parados em frente ao ônibus, os dois se entreolhavam. Os olhos dela cheios de lágrima. Ele cuidadosamente puxou o seu braço e colocou uma pulseira, era uma lembrança, igual tudo o que viveram juntos nesse últimos dois meses se tornaria.Uma doce lembrança.Em seguida, veio o beijo demorado e intenso, o mundo ao redor evaporou por alguns minutos, só existia a troca.
Como você faz isso comigo? Ela se questionava enquanto ainda debruçada em seus braços, agarrava-o com força, apertava, contraia seu corpo junto ao dele. Estava tocando-o pela última vez. Fechou os olhos bem devagarinho como se quissese reproduzir e guardar o momento em sua memória para sempre.Tentou balbuciar que ele não fosse embora, porém sabia que isso era impossivel.Já nasceram assim fadados.
O tic tac do relógio rompeu o sonho, e a dura realidade congelou as ilusões quentes desses dois apaixonados. O motorista queria dar a partida.
Ele passou a mão por entre seus cabelos e disse:
-Junio.
Ela abriu um doído sorriso.
Ele subiu no ônibus.

O motorista deu a partida,
ela o odiou por isso
 e ele pela janela apenas acenou.

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